Colniza e Aripuanã lideram: Extrativismo gerou mais de R$ 940 milhões para Mato Grosso
Colniza e Aripuanã lideram o extrativismo em Mato Grosso, com 18,6% da produção nacional baseada no extrativismo
Mato Grosso atingiu R$ 940,5 milhões com o extrativismo no ano passado, alcançando a 2ª colocação do país e ficando responsável por 15,1% da produção nacional com a exploração de recursos vegetais naturais.
Os dados são do Observatório de Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, baseados na PEVS 2022 (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura) e foram divulgados nessa quarta-feira (27).
Extrativismo em MT
Conforme os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso só ficou atrás do Pará, que lidera o extrativismo no país.
Colniza e Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, são as cidades que mais produzem a partir da extração de recursos naturais, responsáveis respectivamente, por 0,6% e 18% da produção nacional.
Madeira em tora, subprodutos de origens florestais como ceras, fibras, gomas, borrachas, castanhas, óleos essenciais, são alguns exemplos das produções em Mato Grosso.
Todos esses produtos fazem parte do manejo sustentável, de cortes autorizados, e ainda possuem certificados e rastreamento.
Juntos, os estados de Mato Grosso e Pará totalizam 71,4% da quantidade de madeira em tora extraída em todo o país, representando 83,4% do valor dessa produção, sendo que parte é distribuída ao mercado interno e outra exportada.
Silvicultura
O Estado mato-grossense ainda é o 10º colocado no ranking nacional de silvicultura – produção de carvão vegetal, lenha e madeira oriundos de florestas plantadas para fins comerciais.
Alto Araguaia, a 426 km de Cuiabá, é o destaque, produzindo R$ 253 milhões em 2022. No ano anterior, a cidade havia registrado R$ 77 mil com a silvicultura, ou seja, o crescimento foi de 87%.
Redução da área de florestas plantadas
Em 2022, houve redução de 23,5% na área de florestas plantadas – eucalipto, teca e outras espécies – em Mato Grosso, saindo de 283 mil hectares para 226 mil hectares.
Mesmo assim, o Estado se manteve na 10ª posição nacional, com destaque para a produção de Cáceres (12,8 mil hectares), Água Boa (11,1 mil hectares) e Alto Taquari (11 mil hectares).
O crescimento da indústria causou aumento na demanda de matéria-prima energética nos últimos anos, o que explica a redução de florestas plantadas, segundo Camila Bez Batti Souza, engenheira ambiental do Sedec.
Ainda conforme o Observatório de Desenvolvimento, as florestas de eucalipto reduziram de 218 mil hectares para 156 mil hectares, enquanto aumentaram de outras espécies, passando de 61 mil hectares para 70,5 mil hectares no ano estudado.
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