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Vereadores de Diamantino rejeitam denúncia de cassação do mandato de prefeito que aparece em vídeo contando suposto dinheiro de propina.

Vereadores de Diamantino rejeitam denúncia de cassação do mandato de prefeito que aparece em vídeo contando suposto dinheiro de propina.

Vereadores da Câmara Municipal de Diamantino, a 209 km de Cuiabá, rejeitaram a denúncia de pedido de cassação do mandato do prefeito Manoel Loureiro Neto (MDB), que aparece em um vídeo contando dinheiro que, supostamente, teria recebido de propina em seu gabinete. A votação ocorreu em uma Sessão Ordinária realizada, nessa segunda-feira (21). O procedimento foi arquivado por 7 votos contrários e 2 a favor.

O prefeito é alvo de um mandado de busca e apreensão por contratos de obras de nova cerca em cemitério, salas de aula e quadra poliesportiva.

A denúncia foi oferecida por um eleitor do município. No documento ele pede o afastamento do prefeito.

“Infelizmente foi destaque estadual e nacional com conduta imoral do prefeito o qual foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência, consultório e gabinete. A prática imoral é incompatível com o cargo”, diz trecho da denúncia.

Caso os parlamentares votassem pela aceitação da denúncia, seriam sorteados três vereadores para compor uma comissão processante que iria apurar o caso. Como a maioria votou pela rejeição, o processo foi arquivado.

Veja como votou cada vereador:

  • Adriano Soares Correa (PSB) – contra
  • Alfredo Matheus Keller (PSD) – contra
  • Diocelio Antunes Pruciano (PDT) – contra
  • Eraldes Catarino de Campos (MDB) – contra
  • José Carlos David (PDT) – contra
  • Michele Cristina Carrasco Mauriz (União Brasil) – contra
  • Ranielli Patrick Arruda Lima (PDT) – contra
  • Edimilson Freitas Almeida (PSDB) – a favor
  • Arnildo Gerhardt Neto (Podemos) a favor

Uma operação do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Diamantino para investigar os contratos de obras realizadas pelo município.

A ação investiga a construção de uma nova cerca no cemitério, novas salas de aula e a cobertura de uma quadra poliesportiva. Vídeos anexados ao processo da Operação Avaritia, mostram o prefeito contando dinheiro que, supostamente, teria recebido de propina em seu gabinete. As imagens mostram Manoel contando notas de R$100 e R$50.

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Operação investiga contratos de obras em prefeitura do interior de MT — Foto: Ministério Público de Mato Grosso

Segundo a denúncia do MP, o dinheiro era uma exigência do prefeito para autorizar a liberação do pagamento de serviços prestados por uma construtora ao município. O vídeo foi apresentado pelo dono da construtora como prova da cobrança que, segundo ele, chegava a 10% do valor do serviço.

Além dos vídeos, a investigação encontrou diversas mensagens que Manoel teria mandado para os empresários que prestam serviços à Prefeitura de Diamantino. Nas mensagens, Manoel informa sobre o pagamento de notas fiscais e pede que os empresários providenciem “os documentos” que, segundo a investigação do Ministério Público, seria a propina.

Em nota, o prefeito disse que o vídeo foi tirado do contexto e não reflete a realidade dos fatos. Ele também informou que continua à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos.

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