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Trabalhadores da Educação da rede municipal de Colniza se mobilizam pelo Piso Nacional

Trabalhadores da Educação da rede municipal de Colniza se mobilizam pelo Piso Nacional

Categoria sofre com achatamento salarial que já reduziu o poder de compra em mais de 27% nos últimos anos

Os dados são da Subsede do Sintep-MT de Colniza (1.057 km de Cuiabá) e apontam que a categoria dos trabalhadores e trabalhadoras da educação na rede municipal amargam uma redução do poder de compra da categoria que chega à 27,21%, mesmo com o reajuste de 7,20%, concedido pela prefeitura, neste ano de 2024, a todos os servidores públicos municipais. A categoria tem tentado uma agenda com a administração municipal há mais de um ano e até agora não conseguiu efetivar uma reunião para tratar do assunto.

A cidade vem experimentando um incremento considerável de receitas com a expansão da fronteira agrícola, tendo a lavoura de café e o gado de corte como locomotivas desse crescimento econômico. Nos últimos 10 anos a receita do município mais que triplicou, saindo de R$42 milhões de reais em 2012 para mais de R$147 milhões em 2022. O que aponta boa saúde financeira das contas do município e a possibilidade de implementação do Piso Nacional do Magistério para os profissionais da rede Municipal de Educação. Mas isso exige mobilização da categoria a apoio popular.

“É importante que a categoria tenha consciência dos prejuízos causados pelo não cumprimento do Piso, para assim poder questionar os gestores sobre esta situação. A partir daí, com a categoria indignada e unida, a gente pode construir uma manifestação para que a comunidade escolar entenda o que está acontecendo”, salientou o professor Alexandre de Oliveira Sobrinho, presidente da Subsede do Sintep-MT de Colniza. 

Em ofício encaminhado pelo Sintep-MT ao prefeito municipal de Colniza, Milton de Souza Amorim, com cópias ao secretário municipal de Administração, Zacarias Antunes Magalhães e à secretária municipal de Educação, Selma Dill de Paula, o sindicato apresenta uma pauta de reivindicações com 13 pontos, entre eles a revisão, atualização e cumprimento  do Plano Municipal de Educação, alinhado ao PNE – Plano Nacional de Educação, melhorias na infraestrutura da rede escolar, transporte escolar de qualidade, conclusão das unidades escolares em obras, garantia da gestão democrática e a implementação do Piso Nacional proporcional às jornadas semanais de trabalho.

Sem resposta da gestão municipal, o Sintep-MT/Subsede Colniza, acionou também o Ministério Público, na expectativa de que a reunião para discutir os itens da pauta de reivindicações aprovada pela categoria em Assembleia Geral realizada ainda 2023 possa, enfim, ocorrer neste ano de 2024 o mais breve possível.

Colniza possui hoje 17 escolas municipais, 2 escolas infantis (pré-escolar) e 3 creches, atendendo a quase quatro mil estudantes (3.939), da creche (486 alunos), do pré-escolar (958) e do 1º ao 6º ano do ensino fundamental (2.495 estudantes), com cerca de 600 profissionais da educação lotados em jornadas de 20, 30 e 40 horas semanais na rede municipal para atender a uma população de 27 mil habitantes de acordo com o último censo demográfico do IBGE.

Escrito por: Wagner Zanan/Assessoria Sintep-MT

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