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“FURACÃO OTIS”: FURACÃO MONSTRO DE CATEGORIA 5 RUMA DIRETAMENTE PARA ACAPULCO

“FURACÃO OTIS”: FURACÃO MONSTRO DE CATEGORIA 5 RUMA DIRETAMENTE PARA ACAPULCO

Furacão Otis se intensificou com velocidade descrita por experts como “vertiginosa” e pode trazer danos catastróficos

O ciclone tropical Otis ganhou muita força e muito rapidamente ao avançar sobre águas bastante aquecidas do Pacífico pela influência do fenômeno El Niño. Meteorologistas norte-americanos especializados em ciclones tropicais descrevem que o furacão Otis se fortaleceu a “uma velocidade vertiginosa e muito mais rapidamente do que o esperado”.

Otis vai tocar terra na região de Acapulco durante a manhã desta quarta-feira com chuva extrema e vento com velocidades de alto potencial destrutivo. Inundações repentinas e deslizamentos de terra são esperados, já que chuvas generalizadas de 125 mm a 250 mm são previstas com totais localizados na faixa de 250 mm a 500 mm, o que vai causar graves inundações nos estados mexicanos de Guerrero e de Oaxaca, tanto na costa como no interior. “Esta é uma situação extremamente perigosa para a área metropolitana de Acapulco com o centro do furacão destrutivo passando perto ou exatamente sobre a cidade. Não há furacões com intensidade sequer perto deste que tenham atingido esta parte do México”, escreveu o NHC em duras palavras de alerta. “Um cenário de pesadelo está se instalando nesta noite”, assinala o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

O governo do estado de Guerrero suspendeu as aulas e adiou a apresentação de um relatório anual de gestão para focar no trabalho de prevenção, segundo comunicado.

“O mais importante é reforçar a coordenação com as autoridades (…) e com as forças armadas, com o objetivo claro de garantir o bem-estar da população e evitar riscos”, afirmou a governadora Evelyn Salgado, citada no boletim. Os militares patrulharam as áreas próximas à costa de Acapulco (cerca de 380 km ao sul da Cidade do México), onde as atividades marítimas e a navegação marítima foram suspensas.

Funcionários de empresas próximas à praia correram para retirar móveis de hotéis e restaurantes, enquanto o céu ficava nublado, observou um colaborador da agência AFP.

Moradores e turistas observavam o mar revolto na praia de Acapulco no final da tarde de terça-feira, horas antes da chegada do furacão monstro Otis ao balneário mexicano | FRANCISCO ROBLES/AFP/METSUL METEOROLOGIA Também foi relatada a suspensão do trabalho dos funcionários do governo local, enquanto os cidadãos foram chamados a seguir as recomendações oficiais. As autoridades da Proteção Civil também realizam vistorias em locais que serão habilitados como abrigos, acrescentou o governo.

Grandes lojas como a norte-americana Walmart e a mexicana Aurrerá fecharam na tarde da terça-feira. Acapulco foi atingida em 9 de outubro de 1997 pelo furacão Paulina, que atingiu a costa como uma tempestade de categoria 4, deixando mais de duzentos mortos, tornando-se um dos mais mortíferos da história do México.

O SMN mantém em alerta um trecho de quase 500 quilômetros entre Punta Maldonado e Zihuatanejo, em Guerrero, além de parte do litoral do estado vizinho de Oaxaca (Sul).

Também emitiu alertas de chuvas e ventos intensos em sete estados do Sul e Centro do país. Devido às suas extensas costas no Pacífico e no Atlântico, o México é um dos países mais vulneráveis ​​a furacões, com pelo menos uma dúzia de ocorrências por ano. Em outubro de 2015, a porção central da costa do Pacífico foi atingida por Patricia, o furacão mais poderoso dos registros meteorológicos locais com ventos sustentados de 325 km/h e rajadas de até 400 km/h, mas que deixou apenas danos materiais ao atingir a costa em uma área montanhosa e desabitada.

Entretanto, em setembro de 2013, outro fenômeno inédito foi registado na costa mexicana: simultaneamente, a tempestade tropical Manuel entrou no Pacífico e o furacão Ingrid entrou no Golfo do México, deixando 157 mortos.

Em outubro de 2005, o Caribe do México foi atingido por Wilma, o furacão mais custoso da história, que atingiu Cozumel e depois castigou lentamente Cancún e a Riviera Maya durante mais de 48 horas. Deixou oito mortos e mais de 10 bilhões de dólares em perdas, especialmente em hotéis luxuosos.

Fonte: METSUL

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